domingo, 31 de outubro de 2010

Conforto




Eu não sei mais respirar.
Eu não sabia que era tão duro assim
ter que te amar;.
Que acabaria comigo por dentro
Que entupiria meu cérebro, 
Me faria vomitar veneno.


A própria mentira se fez presente
Eu até acredito que foi algo
meio que inconsciente.
Mas agora já é tarde
É tanto odio que me consome
Que já não sei nem pronunciar seu nome.


Se um vaso despedaçado não tem conserto
Se o papel amassado não volta a ser perfeito
Nada do que você faça, dará jeito.


Virar as costas, ir embora, caminhar
Porque continuar assim
Só farei com que nesse amor, 
eu venha a me estrangular.


Bêbado da sua arrogância
Dopado da sua doçura
É como se eu  arranhasse minha pele
E cada camada, derretesse em fervura.


Eu não sei mais como continuar isso
Talvez não tenha que ser continuado
E seja a hora de cortar esse gosto,
trocar o doce pelo amargo.
É, mas nada faz sentido
Porque no fim das contas
Ele não passou de um amigo (?)


É simples tornar complicado
É uma loucura, é um estado
Algo me levanta
Alguém me balança
No momento que está bem,
sinto vontade de te jogar.
Faz isso tudo por quem?


Viveu por uma mentira
(Algo me levanta, alguém me levanta)
Não me faça te amar
(Porque se algo prevalecer,
será a sua doença à inflamar)
É uma overdose
Que amo sentir
Escorrer por minha boca
Até que se consuma
a última gota.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Que Eu Sinto Nunca Termina



É como uma evidência,
bem no fundo
na minha consciência, 
cada vez mais cego por acreditar
que isso tudo é muito peso e pressão,
sinto que irei afundar.


Há algo em mim, que me puxa de volta,
me consume, sem rota,
para me achar de novo, minhas paredes me sufocam
(Eu tracei este caminho, 
e agora vejo
como minhas forças se esgotam)
Já passei por aqui antes, desvendei o escuro
Tão inseguro...


Me puxe de volta, este não é o fim
Também não é como recomeçar
É como a dor da realidade
Pronta pra estourar
Eu não lembro das coisas que eu fiz
Nada que eu disse, nada do que quis
Clareio minha mente, é hora de subir
Recolho os cacos, você pretende vir?
Você se sente fria e perdida em desespero?
Tão neutralizada por suas falhas,
que acha não ter conserto?
Lembre-se de todo aquele tempo
Em que seu maior suspiro
Era compartilhado com o soprar do vento.


Deixe ir! Deixe ir!


Não diga que talvez você perca o que não merece
Mas e se você pudesse
Cantar em pequenos versos
O que te puxa e te joga nesses rumos tão incertos?


Oh, pequena, Deixe ir, escolha sua melodia,
Desistir, lutar, sorrir
Ouça...
Eu acho que você não conhece sua própria força.