É tão doce, que eu chego a acreditar...

Porque?
A grande pergunta que me faço
na maioria do tempo em que fico
aqui em seu encalço.
Como se fossem pés descalços  
que simplesmente não sabem
Onde pisar
Porque arriscam?
Porque eles acreditam que se você me disser
que o espinho não irá machucá-los,
realmente não irá e eles poderão
atravessar sem hesitar.


Entre o meu orgulho e as tuas mentiras
Mesmo em teus olhos que nunca vi
A verdade de sua doçura parece absoluta
É como se eu virasse as costas
E tudo se transformasse em plena incerteza,
em uma disputa
Para tentar entender o porque se torna
Tão fria e distante
Como se eu não conhecesse nada sobre você
e repousasse como um simples e amargurado
coração errante.


Sendo enganado, sendo debochado
Como um grande teatro magistral
Com a atriz atuando perfeitamente
em seu papel principal
Jogando, armando, agindo como algo mal,
enfim... Toda falsidade destilando...


Mas porque me deixo enganar?
Pela doçura de seus olhos, que nunca vi.
Queria eu que existisse algum antídoto
Pois é a pior dependência que alguém pode ter
De simplesmente na sua presença,
destruir o mundo se for preciso sem me preocupar
com nenhuma consciência
Porque mentes pra mim?
Pela doçura de seus olhos que me levam
entre esta ilusão sem fim?


(Tempo passa, incertezas correm, opiniões se dissolvem)


-Tá bem?
-Sim, minha vida.